quarta-feira, 6 de outubro de 2021

 

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS LINGUAGEM E IDENTIDADE

DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS I HUMANIDADES

PROFESSOR: DR PEDRO GRANADOS

MESTRANDO: DANILO RODRIGUES DO NASCIMENTO

 

O vídeo intitulado “ IV Congreso Internacional Vallejo Siempre - Stephen Hart. "'Y la tórtola corta en tres su trino': la poesia de Vallejo"  apresenta uma imersão na vida, nas obras e nas poesias de César Vallejo. O professor Stephen Hart usou três momentos para falar de Vallejo, a primeira perspectiva foi romantismo, o segundo momento dadaísmo e o terceiro momento  trotskismo. Deste modo, ao longo de sua fala, o professor Stephen Hard, destaca as seguintes obra de Vallejo, por exemplo, Los heraldos negros (1919), Trilce (1922), Pueblos Humanos (publicado um ano depois de sua morte).

Assim, o palestrante vai destacando como Vallejo destroça a linguagem, desenvolve novos sentidos fonético e como os seus poemas são violentos e revolucionários. Portanto, o vídeo vai desvelando como os poemas de Vallejo estão no espaço dinâmicos e fronteiriços, que trazem à tona a vida nos cotidianos, os diferentes mundos em conexões e tensões, as identidades, as relações amorosas e as convergências culturais. A trajetória de Vallejo, não é retilínea e progressista, mas foi tecida a partir de atravessamentos, resistências, re(existências) e do rastro/resíduo (GLISSANT, 2005), ou seja, que se desenvolve no corpo, no papel, nas letras, nas linguagens entre tantas outras formas de cantar as diversidade, contra os processos de opressões que veem do “penso, logo existo” do filósofo racionalista René Descartes e do “velho mundo”.      

Os poemas destacados mostram o caráter indisciplinar e transdisciplinar dos escritos de César Vallejo, pois este escritor desloca a linguagem de opressão e traz à tona os processos de resistências por meio da Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES, 2006), isto é, através dos poemas que contam, recontam e narram o cotidiano a partir das táticas e estratégias (CERTEAU, 1998) na invenção, nas sobrevivências e nos usos e interações na linguagem do/no cotidiano desses sujeitos históricos.     

 

REFERÊNCIAS

 

GLISSANT, Èdouard. Introdução a uma poética da diversidade. Tradução de Enilce do Carmo Albergaria Roch. – Juiz de Fora: Editora UFJF, 2005.

 

MOITA LOPES, Luiz Paulo da (org). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

 

CERTEAU, Michel: A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1998

 

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