PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS LINGUAGEM E IDENTIDADE
DISCIPLINA:
TÓPICOS ESPECIAIS I HUMANIDADES
PROFESSOR:
DR PEDRO GRANADOS
MESTRANDO:
DANILO RODRIGUES DO NASCIMENTO
O vídeo intitulado “ IV
Congreso Internacional Vallejo Siempre - Stephen Hart. "'Y la tórtola
corta en tres su trino': la poesia de Vallejo" apresenta uma imersão na vida, nas obras e
nas poesias de César Vallejo. O professor Stephen Hart usou três momentos para
falar de Vallejo, a primeira perspectiva foi romantismo, o segundo momento dadaísmo
e o terceiro momento trotskismo. Deste
modo, ao longo de sua fala, o professor Stephen Hard, destaca as seguintes obra
de Vallejo, por exemplo, Los heraldos negros (1919), Trilce (1922), Pueblos
Humanos (publicado um ano depois de sua morte).
Assim, o palestrante vai
destacando como Vallejo destroça a linguagem, desenvolve novos sentidos fonético
e como os seus poemas são violentos e revolucionários. Portanto, o vídeo vai desvelando
como os poemas de Vallejo estão no espaço dinâmicos e fronteiriços, que trazem
à tona a vida nos cotidianos, os diferentes mundos em conexões e tensões, as identidades,
as relações amorosas e as convergências culturais. A trajetória de Vallejo, não
é retilínea e progressista, mas foi tecida a partir de atravessamentos, resistências,
re(existências) e do rastro/resíduo (GLISSANT, 2005), ou seja, que se desenvolve
no corpo, no papel, nas letras, nas linguagens entre tantas outras formas de
cantar as diversidade, contra os processos de opressões que veem do “penso,
logo existo” do filósofo racionalista René Descartes e do “velho mundo”.
Os poemas destacados
mostram o caráter indisciplinar e transdisciplinar dos escritos de César Vallejo,
pois este escritor desloca a linguagem de opressão e traz à tona os processos
de resistências por meio da Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES,
2006), isto é, através dos poemas que contam, recontam e narram o cotidiano a
partir das táticas e estratégias (CERTEAU, 1998) na invenção, nas sobrevivências
e nos usos e interações na linguagem do/no cotidiano desses sujeitos históricos.
REFERÊNCIAS
GLISSANT,
Èdouard. Introdução a uma poética da diversidade. Tradução de Enilce do
Carmo Albergaria Roch. – Juiz de Fora: Editora UFJF, 2005.
MOITA LOPES, Luiz Paulo
da (org). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo:
Parábola Editorial, 2006.
CERTEAU, Michel: A
invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1998
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